Enquanto os louletanos são tratados por “lerdos” ou "atrasadinhos" assistimos a campanhas politicas da elite municipal que impertinentemente se evaporam em hipocrisia saloia.
Começando com o adágio "...é para inglês ver", vê-se mesmo que os governantes, independentemente da sua cor politica, só se interessam com a cara lavada do concelho, esquecendo a mais comum regra de higiene e mau-cheiro - as interioridades.
"...é para inglês ver" as ruas principais enfeitadas para qualquer evento sazonal entre outros, o estádio do Algarve, as estradas aureadas em auto-estima, etc., etc., etc. …mas, esquecem-se dos milhares de "kilometros" de passeios para peões que o concelho acha por bem não se aperceber que ainda existem peões. E, as muitas crianças que caminhando diariamente rumo à escola, tendo uma berma duma estrada esburacada, enlameada e cheia de pedregulhos como passeio. E, como possível alternativa à escassa inteligência dos governantes, temos a perigosa estrada, mesmo assim, sem o risco de torcer o tornozelo ou esmagar algum caracol.
"...é para inglês ver" em qualquer freguesia deste concelho, passeios onde a normativa da sua largura se adapta aos animais domésticos, ratos e afins. As nossas crianças obrigam-se a saltar de pequenas ilhas pedestres para a estrada já que a sua dimensão nem para cães se aconselha.
Além disso, os amigos automobilistas ainda usam estes escassos recursos pedestres para o seu estacionamento de viaturas de todo o tipo. Para além disso, os escassos passeios de dois metros de largura tornam-se o "private parking" destes insensíveis paquidermes, empurrando velhos, jovens, crianças e deficientes para a única alternativa: a estrada.
"...é para inglês ver" a brigada de trânsito a abrir caminho a 20km/h em estradas completamente recheadas de viaturas estacionadas em cima de passeios... à esquerda e à direita… mas a bófia cumpre as normas de segurança rodoviária (adaptando a velocidade à via subordinada a tantos perigos – (infracções).
"...é para inglês ver" as barricadas da policia à moda palestiniana, israelita, iraquiana ou somali, com G3's nas mãos numa complexa manobra militar que assusta qualquer pacato cidadão, deixando este supor de viver num país europeu para entrar no delírio duma operação de guerrilha anti-alcoólica comandada por indivíduos sempre sóbrios mas ébrios quanto à impunidade às leis que confrontam a edilidade no seu compromisso de implementação de infra-estruturas necessárias à salvaguarda dos direitos dos cidadãos pedestres.